
Consumidores do grupo B, atendidos em baixa tensão (127, 220, 30 ou 440 volts) poderão aderir à Tarifa Branca a partir do ano que vem. A modalidade propõe uma tarifação horo-sazonal. Nela, o usuário paga tarifas diferentes em função do horário e do dia da semana em que utiliza energia elétrica. O ideal é priorizar o uso fora dos horários de ponta, quando há uma menor demanda nas áreas de concessão. Optando pela tarifação horo-sazonal e evitando os horários de ponta, mais caros, o consumidor economiza na conta de luz.
Nova regra
A partir de 2018, o consumidor do Grupo B que quiser aderir à Tarifa Branca deve apresentar média de utilização mensal superior a 500 kWh. No ano seguinte, usuários que consomem pelo menos 250 kWh por mês também poderão optar pela tarifação horo-sazonal. Em 2020, por fim, qualquer consumidor pode solicitar a mudança. Caso seja de interesse do consumidor, é possível retornar ao modelo convencional de tarifação.
Exceções
O modelo tarifário não pode ser aplicado a consumidores residenciais considerados de baixa renda, nem àqueles que recebem descontos previstos na legislação vigente. A iluminação pública também permanece na tarifação convencional.
Deslocamento de consumo
A implementação da Tarifa Branca incentiva o deslocamento do consumo de energia para horários em que a rede de distribuição está com capacidade ociosa e o sistema de distribuição está subutilizado. O objetivo é unir a conveniência do cliente à da concessionária. “Uma rede de distribuição que opera sem picos, de maneira estável e contínua, gera menos custos, e isso pode ser transferido ao cliente final”, assinala Sânzio Moreira Lima, assessor comercial da Nansen.
Revisões tarifárias
A Aneel homologa os períodos de ponta, intermediário e fora de ponta em revisões tarifárias periódicas, para cada distribuidora. A partir da análise, realizada em média a cada quatro anos, o valor da energia é definido.
Desafios para o consumidor
Quem quiser optar pela Tarifa Branca deve verificar com precisão como consome a energia em sua casa. “Acredito que só é vantajoso aderir à modalidade quem já consome fora do horário de ponta. Ou seja, quem não precisa mudar hábitos. É necessário estar atento ao próprio perfil de consumo, além de considerar que equipamentos que consomem muita energia, como chuveiro elétrico e ar condicionado nem sempre podem ter o uso deslocado”, analisa Sânzio. Caso o usuário tenha a necessidade de consumir energia nos horários de ponta e intermediário, não é aconselhável a adesão à Tarifa Branca, uma vez que o valor para estes períodos aumenta.
Como aderir
O consumidor interessado deve formalizar a opção junto à distribuidora. É aconselhável a comparação das contas de luz com a aplicação das duas tarifas. Isso pode ser feito por meio de simulação baseada nos hábitos de consumo ou pelo uso de um medidor capaz de monitorar os horários em que a energia é utilizada.
Medição inteligente e sustentabilidade
A Nansen apresenta, na 15ª Latin American Utility Week, o medidor KS 37. O equipamento foi desenvolvido para atender a todo o espectro de clientes que optem pela Tarifa Branca – desde o Grupo A e clientes livres até o Grupo B. O equipamento é capaz de verificar a utilização por horário e períodos do ano e é indicado para faturamento de energia ativa, reativa e controle de demanda. O consumidor passa a ser gestor do próprio consumo de energia, gerando economia e sustentabilidade.