
O governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) deve apresentar, em outubro, o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), elaborado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Plano está sendo formulado com o auxílio de um consórcio formado por entidades privadas – a empresa de consultoria McKinsey, a Fundação CPqD e o escritório de advocacia Pereira Neto Macedo.
Objetivos
Com o Plano Nacional, o governo espera orientar o desenvolvimento de ações que utilizem a Internet das Coisas no país. O crescimento do setor deve ser estimulado, resultando em maior produtividade para as empresas – espera-se a soma de R$200 bilhões na economia do Brasil até 2025. Está prevista, também, uma participação incisiva de Institutos de Ciência e Tecnologia, com o objetivo final de trazer melhorias de vida para o cidadão.
O estudo reunirá 106 iniciativas para o implemento da tecnologia no Brasil. Ainda em outubro, está prevista a divulgação das propostas que terão prioridade para investimento público nos próximos cinco anos.
Ações
As ações propostas pelo Plano Nacional de Internet das Coisas são de curto, médio e longo prazos. Foram identificadas áreas prioritárias, com potencial de trazer significativos avanços tecnológicos locais, ambientais e retorno financeiro. Dentre essas áreas, estão o desenvolvimento aeroespacial, infraestrutura urbana (cidades inteligentes), saúde, agricultura e indústria.
O plano também identificou gargalos que atravessam todo o sistema de Internet das Coisas. Dentre estes, estão as áreas de segurança e privacidade, infraestrutura, interoperabilidade e recursos humanos.
Propostas
As propostas estão sendo construídas em conjunto com os ministérios de cada eixo prioritário. A Casa Civil e o Planalto devem decidir, em conjunto, quais iniciativas receberão prioridade no financiamento público. Centros e redes de inovação, formados a partir da criação de fóruns locais de empresas e startups de tecnologia, devem ter prioridade. Estes centros devem ser os responsáveis por testar projetos e desenvolver suporte tecnológico para a estrutura de IoT.
Investimentos
O investimento estatal deve ser maior no primeiro ano de aplicação do plano, 2018, sendo reduzido até 2022. Espera-se o interesse de empresas privadas para investir nos centros de inovação e em projetos em parceria com os ministérios.
Internet das Coisas
Tecnologia que permite conectar dispositivos eletrônicos do cotidiano à internet. Além do uso na vida doméstica, por meio de casas inteligentes, a Internet das Coisas promete revolucionar indústrias. A tecnologia pode ser aplicada na indústria automobilística, no mercado de segurança e na área médica, dentre outros. Aplicações para estimular o uso inteligente de energia elétrica também estão em desenvolvimento.