
Modelo de planejamento urbano, Copenhague, na Dinamarca, é pioneira em questões como mobilidade, meio ambiente, energia limpa e eficiência energética. Estima-se que metade da população da cidade, que é de aproximadamente 600 mil pessoas, se locomova principalmente por meio de bicicletas. Copenhague pretende que sua emissão de carbono caia para 1,16 milhão de toneladas per capita por ano, até 2025 – atingindo a neutralidade do carbono.
A capital do carbono neutro
O projeto “Carbon neutral capital” é ambicioso, e “holístico”. Através de metas específicas, Copenhague pretende se modernizar em termos de energia, reformas de edificações, manejo de lixo, infraestrutura pública e mobilidade. As iniciativas preveem resultados em médio e longo prazo.
O projeto visa a redução de consumo de aquecimento gerado por energia não renovável – tanto para residências como para ambientes comerciais. Até 2025, 1% da energia da cidade deve ser gerada exclusivamente através de células solares. Os edifícios de Copenhague devem passar por reformas para eficiência energética, já que 70% deles foram construídos antes das primeiras leis de regulação urbana entrarem em vigor no país. O aquecimento de edifícios da cidade, hoje realizado majoritariamente com carvão mineral, será realizado por meio de biomassa.
Objetivos do “Carbon neutral capital” na geração de energia
– Instalação de 100 turbinas de vento, com capacidade para 360 MW;
– Flexibilização a geração de energia e aquecimento, de modo que múltiplas fontes sejam utilizadas;
– Utilização de dejetos como fonte: em um centro de tratamento, o lixo será separado, preparado para reciclagem, transformado em biogás e incinerado;
– Produção de energia maior do que o consumo da cidade.
Fontes de energia na Dinamarca
O país é rico em fontes de óleo e gás natural, e historicamente utilizou estes combustíveis para produção de energia. O carvão mineral também desempenhou um papel importante na matriz energética da Dinamarca, chegando a quase metade de toda a produção. Atento às questões ambientais, o país tem o objetivo de reduzir a utilização de combustíveis fósseis para 14% até 2025.
Pioneira no desenvolvimento de energia eólica na década de 1970, hoje a Dinamarca exporta turbinas para todo o mundo. Em 2015, 42% de toda a sua energia foi gerada em parques eólicos. Para estimular os investimentos no setor, a população é convidada a integrar cooperativas e a comprar turbinas. Aproximadamente 75% das 5.500 turbinas instaladas na Dinamarca pertence a cooperativas. Em 2015, o país tinha capacidade instalada de cerca de 5 mil MW em energia eólica, e gerou aproximadamente 14 TWh. Para a meta de 2025, também está prevista a utilização de biomassa como uma fonte majoritária de produção de energia.